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Ter, 28 de Setembro de 2010 14:46

GT Mídia, Cultura e Mediações é marcado pela diversidade de temas

Por Gabriela Alencar

Com grande diversidade de temas, o Grupo de Trabalho (GT) Mídia, Cultura e Mediações abordou desde relatos de experiências da Rádio Comunidade do Dias Macêdo a estudos sobre a indústria fonográfica portuguesa. O GT fez parte da programação do Seminário Comunicação, Cultura e Cidadania, realizado de 22 a 24 de setembro, na Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza. Nas apresentações, cada participante dispunha de 20 minutos para apresentar seu tema. Ao final, foi realizado debate sobre os sete trabalhos apresentados.

No primeiro dia, Ana Lúcia (FGF), Diretora de Jornalismo da Rádio Comunidade, deu início às apresentações. Ela ressaltou a importância da rádio no bairro Dias Macêdo(Fortaleza - CE), que transmite desde jogos de futebol da própria comunidade até programas jornalísticos produzidos pelos moradores.

Sávio Félix (Unifor) e Márcio Acselrad (Unifor) apresentaram o artigo “Massa: Reflexões sobre a história de um conceito” defendendo a necessidade de se aprofundar o debate sobre o conceito de massa.

Aliciane Oliveira (UFC) apresentou o trabalho “Comunicação e Sentido: desconstruindo o termo ‘raça’’’, analisando os sentidos com os quais a Secretaria Especial de Políticas da Igualdade Racial (Seppir) utiliza esse conceito.

Gustavo Pinheiro (UFC), no artigo “Repertório Cultural e Jogo Criativo: Metáfora, Relevância e a Enciclopédia como fundamentos para o exame dos efeitos cognitivos da Comunicação Publicitária”,  ponderou sobre como o uso de metáforas torna mais lúdico o discurso publicitário.

No segundo dia, Eugênia Cabral (UNL), no artigo “A criação e a recepção de produtos culturais no disco Amália Hoje” abordou a construção da identidade de projetos culturais por parte de seus criadores e a recepção desses projetos pelo público com base no disco “Amália Hoje”, trabalho fonográfico mais vendido no ano de 2009 em Portugal.

Carlos França (UFPI) no trabalho “O papel do contrato de leitura na linha editorial das revistas Billboard Brasil e Rolling Stone Brasil”, traçou um perfil das estratégias usadas por estas revistas para atingir seu público-alvo. “A Rolling Stone quer ser uma revista de cultura pop e a Billboard se propõe a analisar somente a música”, afirmou.

Antonia Costa da Silva (UFRR), no trabalho “O jornalismo em território indígena: breves considerações sobre a presença da mídia na festa da homologação da terra indígena Raposa Serra do Sol”, analisou a cobertura jornalística da festa “Netos de Makunaimi”, que celebrou a homologação da Raposa Serra do Sol em Roraima, discutindo como se deu o contato entre a imprensa nacional e internacional, presentes no evento, e as lideranças indígenas.

Encerrando as apresentações, Luciana Almeida (IDB), no artigo “O jornalismo como produto da sociedade de consumo”, discutiu o trabalho das grandes empresas jornalísticas, questionando qual o papel da imprensa na sociedade atual.

Segundo Aliciane Oliveira, que junto com Robson Braga, coordenou o GT, a diversidade das apresentações contribuiu imensamente para a riqueza do debate. “O mais rico de um seminário como esse é possibilitar essa troca de experiências entre diversos pesquisadores de diferentes regiões”, afirmou.